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IGREJA ADVENTISTA

Igreja Adventista do Sétimo Dia (o nome adventista é uma referência à sua crença no advento, segunda vinda de Jesus), surgiu entre as décadas de 1850 e 1860 concomitantemente nos Estados Unidos e na Europa.

O padre Jesuíta chileno Manuel Lacunza que nasceu em 1731, escreveu um livro singular - La Venida Del Mesias em Gloria y Majestad. Conhecido desde 1785, o livro do padre Jesuíta foi impresso em 1812. Esta publicação agitou os meios religiosos, e foi precursora do movimento Adventista dos que crêem na segunda vinda de Jesus.

No início do século passado, no seio das igrejas evangélicas, o movimento alastrou-se, tendo como foco o advento, ou o retorno pessoal de Jesus.

Daí surgiu a palavra Adventista, caracterizando uma das crenças fundamentais da Igreja.

Dentro deste movimento, uma atenção especial foi dada ao estudo da Bíblia, tanto do Novo como do Velho Testamento.

Surgiu também a compreensão do dia do repouso Bíblico de acordo com Êxodo 20, bem o relato do Velho Testamento e confirmado por nosso Senhor Jesus Cristo no Novo Testamento. A observância do quarto mandamento da Lei de Deus como uma homenagem semanal ao Criador e ao Salvador que vai voltar a terra, caracterizou também a nova igreja que surgia na metade do século passado tomando forma legal em 1863, nos Estados Unidos.

No Brasil, a mensagem Adventista chegou através de impressos que ingressaram nas colônias de imigrantes alemães e austríacos, nos estados de Santa Catarina, São Paulo e Espírito Santo.

Um livro bem conhecido, “Der Grosse Kampt”(O grande Conflito), em alemão, chegou às mãos do jovem Guillerme Stein Jr, na época noivo de Maria Krahembuhl.

Este livro descreve a história universal sob o enfoque religioso e bíblico, dando, além do vislumbre do passado, uma projeção quanto ao futuro, em termos proféticos, tendo como base especialmente os livros de Daniel e Apocalipse.

Após sua leitura, este jovem resolveu unir-se à Igreja Adventista do Sétimo Dia, e foi batizado no Brasil, em 1895, nas proximidades de Piracicaba, estado de S. Paulo.

Nesta ocasião outros batismos também ocorreram em Santa Catarina entre as pessoas batizadas estava Guillerme Belz .

Guilherme Belz nasceu na Pomerânia, Alemanha, em 1835. Veio para o Brasil e estabeleceu-se na região de Braunchweig (hoje Gaspar Alto), a cerca de 18 quilômetros de Brusque. Certa ocasião, ao voltar das compras na Vila de Brusque, notou algo de especial nos papéis envolvidos nas mercadorias. O papel de embrulho trazia um texto escrito em alemão. A leitura do impresso deixou Belz pensativo por várias semanas, até que, ao visitar o irmão Carl, descobriu que este havia comprado um livro do alcoólatra Frederich Dressler - livro que "coincidentemente" tratava, dentre outras coisas, do mesmo assunto do folheto. O livro era o Comentário Sobre o Livro de Daniel, de Urias Smith e também estava escrito em alemão.

Nascido em família cristã Guilherme tinha o hábito de ler a Bíblia. Depois de pesquisar profundamente a Palavra de Deus aos cinqüenta e quatro anos Guilherme decide-se pela fé Adventista e se torna uns dos primeiros a ser batizado no Brasil. Belz e sua família tornaram-se missionários voluntários na região onde moravam, no interior de Santa Catarina. Pouco tempo depois, algumas famílias já se reuniam para estudar a Bíblia.

Em maio de 1893, por designação da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia, o missionário Albert B. Stauffer chegou ao Brasil. Juntamente com outros missionários, Stauffer espalhou a literatura adventista em Indaiatuba, Rio Claro, Piracicaba e outras localidades. Assim, os primeiros interessados na mensagem Adventista, em São Paulo, foram surgindo, o mesmo crescimento aconteceu no Estado do Espírito Santo, onde Stauffer espalhou vários exemplares do livro O Grande Conflito, da escritora Ellen White.

Os adventistas que viviam em São Paulo e no Espírito Santo, estavam totalmente alheios a existência dos irmãos de Santa Catarina que há alguns anos professavam a mesma fé.

Em agosto de 1894, chegou ao Brasil outro missionário adventista: Willian Henry Thurston. Willian, acompanhado da esposa Florence, veio dos Estados Unidos com a missão de estabelecer um entreposto de livros denominacionais no Rio de Janeiro, para atender aos missionários no Brasil. Thurston trouxe duas grandes caixas de livros e revistas impressos em inglês, alemão e pouca coisa em espanhol. Na época, não havia nada publicado em português, pois a Casa Publicadora Brasileira só iniciaria suas atividades a partir de 1900.

Para chegar ao seu destino, muitos impressos eram despachados nos navios, outros nos barcos fluviais a vapor (ou mesmo a remo), outros ainda em carros de boi, em lombo de burro e, às vezes, em alguns lugares, nas costas dos missionários.

Em 1896 o casal Stein começa a trabalhar no Colégio Internacional de Curitiba, Paraná, a primeira instituição educacional Adventista do Brasil.

Desenvolvimento Cronológico Resumido da Igreja Adventista no Brasil:

1884 - O pacote contendo dez revistas Arauto da Verdade, em alemão, chega a Brusque, SC.

1890 - Surgem os primeiros seguidores da fé Adventista no Brasil.

1893 - Albert B. Stauffer, primeiro missionário enviado ao Brasil pela Liderança Mundial da Igreja Adventista, chega em São Paulo.

1894 - (1) Albert Bachmeier encontra Adventistas em Brusque e em Gaspar Alto;
(2) W. H. Thurston chega ao Rio de janeiro com dois caixotes de livros, estabelecendo naquela cidade um depósito de livros.

1895 - (1) Pastor Frank H. Westphal chega ao Rio de janeiro em fevereiro. Acompanhado por Albert Stauffer, inicia uma viagem realizando batismos em São Paulo e terminando com a cerimônia batismal de Gaspar Alto, em junho;

(2) Em oito de junho de 1895, a primeira igreja adventista do Brasil é estabelecida com a inauguração de seu templo na cidade de Gaspar Alto, Santa Catarina;

(3) No mês de julho, os irmãos Berger chegam ao Brasil para colportar;

(4) Pastor H. F. Graf chega ao Brasil em agosto e, em dezembro, realiza o batismo em Santa Maria do Jetibá, no Espírito Santo;

(5) É criada a Missão Brasileira da Igreja Adventista.

1896 - (1) Pastor Spies chega ao Brasil e batiza 19 pessoas em Teófilo Otoni, Minas Gerais; (2) Em julho começa a funcionar o Colégio Internacional de Curitiba, PR, a primeira escola particular adventista.

No ano 2000, a Igreja Adventista do Sétimo Dia é uma comunidade mundial. Ela reúne mais 11 milhões de membros e, outros milhões, que a consideram seu lar espiritual.


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IGREJA ANGLICANA

Igreja Anglicana é conhecida nos EUA como Igreja Episcopal.

Muito mais do que fruto de uma ação isolada do rei Henrique VIII, a Igreja Anglicana surgiu de um movimento histórico. Os primeiros sinais da Reforma inglesa começaram, na verdade, com Anselmo (1034-1109), que aceitou o convite para ser Arcebispo de Cantuária sob duas condições: que as propriedades da igreja fossem devolvidas pelo rei e que o arcebispo fosse reconhecido como conselheiro do rei em matéria religiosa. A luta que começou entre a Coroa e a Igreja confirmou, mais tarde, que a Inglaterra fez sua reforma religiosa debruçada sobre si mesma.

Henrique VIII não fundou uma nova igreja, mas simplesmente separou a igreja que já existia na Inglaterra da tutela e controle romanos por razões políticas, econômicas, religiosas e até pessoais. Durante quase mil anos a Igreja da Inglaterra esteve sob o domínio direto de Roma. Henrique VIII rompeu essa antiga filiação eclesiástica com o apoio do Parlamento.

Separada e independente, a Igreja da Inglaterra continuou sua caminhada milenar na história, alternando períodos de influência ora romanistas, ora protestantes.

Em 1559, começou o reinado de Isabel I, e com ela veio o controvertido Ato de Uniformidade, que devolveu à rainha o mesmo poder sobre a igreja que tinha Henrique VIII. A era elisabetana foi um período de apogeu.

Foi nessa época que começou a colonização da América, onde a igreja anglicana se desenvolveu com rapidez e se organizou principalmente depois da independência americana em 1776.

A igreja americana teve seu primeiro bispo em 1784 e manteve a igreja livre do poder civil. Assegurada a sucessão apostólica, a igreja americana se desenvolveu rapidamente, criando dioceses, paróquias e inúmeras instituições. Em 1824, foi fundado o Seminário Teológico de Virgínia, de onde mais tarde saíram os missionários que estabeleceram a igreja anglicana no Brasil.

Em diversas partes do mundo, as igrejas anglicanas se tornaram autônomas, ou seja, igrejas nacionais ou regionais (incluindo parte de uma nação ou mais de uma nação), formando o que hoje se chama províncias anglicanas ou igrejas anglicanas em permanente comunhão com Cantuária. Esse conjunto de províncias, igrejas nacionais ou regionais, forma a grande família da Comunhão Anglicana.

No Brasil, a Igreja Anglicana se chama Igreja Episcopal Anglicana do Brasil. Voltada especialmente para os brasileiros, ela começou intencionalmente em 1890, quando os missionários americanos Lucien Lee Kinsolving e James Watson Morris estabeleceram a primeira missão em Porto Alegre.

No ano seguinte, chegaram William Cabell Brown, John Gaw Meem e a professora leiga Mary Packard.
Hoje, liderada pelo arcebispo de Cantuária, a Igreja Episcopal tem templos, missões e instituições educacionais e assistenciais em 150 diferentes localidades do país, concentrando-se a maior parte no Rio Grande do Sul. Ao longo de sua história, acumulou uma relação de 95 mil membros batizados e 45 mil confirmados. No mundo, os anglicanos são mais de 70 milhões de membros espalhados por 38 províncias, 450 dioceses em 165 diferentes países nos hemisférios norte e sul.

A Conferência de Lambeth é o único encontro anglicano que inclui uma representação de todas as dioceses anglicanas do mundo. A cada 10 anos todos os bispos da Comunhão se encontram sob a presidência do arcebispo de Cantuária para discutir os principais problemas e negócios da Igreja.

A primeira conferência foi realizada em 1867 reunindo 76 bispos sob a presidência do Arcebispo Charles Longley. E a última ocorreu em 1998 com a presença de 730 Bispos (11 mulheres), presididos pelo Arcebispo George Carey. A maioria dos bispos anglicanos vem da África e outras regiões do Antigo Terceiro Mundo, e não da Grã-Bretanha e dos países brancos e desenvolvidos.


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IGREJA BATISTA

A história mundial dos Batista pode ser contada a partir de duas raízes principais:

a) Das suas doutrinas;
b) Do surgimento no cenário mundial com o nome Batista.

CONSIDERANDO AS RAÍZES DOUTRINÁRIAS, os Batistas saem diretamente das páginas do Novo Testamento: dos lábios e ensinos de Jesus e dos apóstolos e tem sua trajetória marcada pela oposição a toda corrupção da doutrina cristã claramente exposta no Novo Testamento.

Ao consultar a DECLARAÇÃO DOUTRINARIA da Convenção Batista Brasileira você verá que as nossas doutrinas saem, com clareza límpida, das Sagradas Escrituras.

A corrução de algumas doutrinas e praticas do cristianismo começaram a surgir muito cedo em sua história, como pode ser constatado nos escritos dos apóstolos. Esta corrução foi se ampliando após a “conversão” do Imperador Constantino ( 306 a 337) ao cristianismo, ocorrida a partir de 312 quando incorporou a cruz ao seu estandarte e passou a favorecer os cristãos.

Muitos destes resistentes rejeitavam as inovações doutrinárias e as praticas e por isso foram perseguidos, exilados e mortos.

Eles mantiveram acesas as doutrinas cristãs genuínas e possibilitaram, que através dos tempos, outros se levantassem na Idade Média como Cláudio de Turim, Pedro de Bruys e Henrique de Lausanne, Pedro Vado João Wycleffe, João Huss e muitos outros.

Com o surgimento da Reforma Protestante liderada por Martinho Lutero, e deflagrada em 31 de outubro de 1517quando da publicação das suas famosas 95 teses, na porta do Castelo de Wittenberg, criou-se a oportunidade de que muitos grupos dissidentes intensificassem suas pregações, e entre eles os chamados Anabatistas que sustentavam muitas doutrinas que os batistas esposam e representavam o grupo mais ativo e poderoso daquele momento. O nome que lhes foi dado ANABATISTAS “significa os rebatizadores”.

Finalmente, 1608 um grupo de refugiados ingleses que foram para a Holanda em busca da liberdade religiosa, liderados por John Smyth que era pregador e Thomas Helwys que era advogado, organizaram em Amsterdã, em 1609 uma igreja de doutrina batista, como era o sonho dos dois lideres.

John Smyth batizou-se por imersão e em seguida batizou os demais fundadores da igreja, constituindo-se assim a primeira igreja organizada, tendo como espelho as doutrinas do Novo Testamento inclusive o batismo por imersão e mediante a profissão de fé em Jesus Cristo.

Com a morte de John Smyth logo depois, e da decisão de Thomas Helwys e seus seguidores de regressarem para a Inglaterra, a igreja organizada se desfez e parte dos seus membros se uniram aos menonitas.

b) CONSIDERANDO AS RAÍZES DO NOME BATISTA, a historia começa com a organização da Igreja em Spitalfields, nos arredores de Londres, em 1612, por Thomas Helwys e seus seguidores, já batizados na Igreja em Amsterdã. É esta Igreja, que agora inicia a linhagem de igrejas batistas que começam a crescer na Inglaterra sob severa perseguição por dissentirem da igreja oficial, a Igreja Anglicana.

A perseguição aos batistas e a outros grupos separatistas, os levou a várias partes do mundo, e em especial às colônias da América do Norte, em busca da liberdade religiosa.

Dois ilustres homens são considerados fundadores das igrejas Batistas em solo americano, Roger Williams, que organizou a Primeira Igreja Batista de Providence em 1639, na colônia que ele fundou com o nome de Rode Island, e John Clark que organizou a Igreja Batista de Newport, também em Rods Island e conhecida desde 1648. Os batista se espalharam pelas diversas colônias da América do Norte e fora influentes na formação da constituição americana de 1781.

A expansão dos Batistas no mundo.

Em 1791, um jovem pastor inglês chamado William Carey sentindo forte compaixão pelas multidões pagãs da Índia, decidiu iniciar com o apoio de vários pastores, um movimento para o envio de missionário àquelas terras. Assim foi criada a Sociedade de Missões no Estrangeiro, que tem tido uma participação muito grande na expansão da obra Batista na Ásia e África além de outros continentes e inclusive no Brasil.

Por sua vez, os Batistas Norte Americanos foram grandemente motivados a evangelizar o mundo. Um jovem casal de missionários Adoniram e Ana Judson enviados em 1812 pela Igreja Congregacional, para evangelizar a Índia, com destino a Calcutá, examinando a Bíblia, especialmente o Novo Testamento, a doutrino do batismo, já que iriam se encontrar com o missionário Batista William Carey e seu grupo de pastores, acabou por concluir que os batista estavam certos. Eles foram batizados pelo Pastor William Ward companheiro de Carey.O mesmo fato aconteceu com outro missionário Congregacional, também enviado a Índia, Luther Rice, que igualmente foi batizado, tornando-se Batista.

Eles decidiram que Adoniram Judson permaneceria no Oriente e Luther Raice voltaria aos Estados Unidos para mobilizar os Batistas para a obra missionaria. Seu trabalho vingou e em maio de 1814, foi funda uma Convenção em Filadélfia com o nome de “” Convenção Geral da Denominação Batista nos Estados Unidos para Missões no Estrangeiro”.

A partir daí, a obra missionária dos batistas iniciou um gigantesco crescimento. Chegando inclusive, através dos Batistas do Sul dos Estados Unidos, o Brasil. onde foi organizada, no dia 15 outubro de 1882, a Primeira Igreja Batista para Brasileiros em nossa terra e, deste trabalho, é que surgiu a Convenção Batista Brasileira.

Hoje os Batista estão presentes, em cerca de 200 países e representam uma população de perto de quarenta milhões de membros e atingem cerca de cem milhões de pessoas no mundo inteiro.

A CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA

SUA ORIGEM
Em 1882, quando foi organizada a Primeira Igreja Batista, voltada para a evangelização do Brasil, já existiam duas outras igrejas batistas, organizadas por imigrantes norte-americanos, residentes na região de Santa Bárbara do D’Oeste e Americana, SP.
Os casais de missionários batistas norte-americanos, recém chegados ao Brasil, Willian Buck Bagby e Anne Luther Bagby, os pioneiros; e Zacharias Clay Taylor, Kate Stevens Crawford Taylor, auxiliados pelo ex-padre Antônio Texeira de Albuquerque, batizado em Santa Bárbara D’Oeste; decidiram iniciar a sua missão na cidade de Salvador, Bahia, com 250.000 habitantes. Ali chegaram no dia 31 de agosto de 1882 e no dia 15 de outubro, organizaram a PIB do Brasil com 5 membros; os dois casais de missionárias e o ex-padre Antônio Teixeira (1).

ESTE FOI O INÍCIO
Nos primeiros vinte e cinco (25) anos de trabalho, Bagby e Taylor auxiliados por outros missionários e, por um número crescente de brasileiros, evangelistas e pastores, já tinham organizado 83 igrejas, com aproximadamente 4.200 membros (2).

ORGANIZAÇÃO DA CONVENÇÃO
Segundo José dos Reis Pereira, Salomão Guinsburg foi a primeira pessoa a pensar na organização de uma Convenção nacional dos batistas brasileiros (3).

Mas, somente em 1907, a idéia foi concretizada. A. B. Deter, Zacharias Taylor e Salomão Guinsburg concordaram em dar prosseguimento ao plano. Eles conseguiram a adesão de outros missionários e de líderes brasileiros, inclusive Francisco Fulgêncio Soren, que tinha, inicialmente, algumas reservas.

A comissão organizadora optou pela data de 22 de junho de 1907 para organizar a Convenção, na cidade de Salvador, quando transcorreriam os primeiros 25 anos do início do trabalho batista brasileiro, também começado na referida cidade.

No dia aprazado, no prédio do ALJUBE, onde funcionava a PIB de Salvador, em sessão solene, foi realizada a primeira Assembléia da Convenção Batista Brasileira, composta de 43 mensageiros enviados por Igrejas e organizações. A casa estava cheia. O clima era de festa, celebrando o que Deus fizera a partir daquele início tão pequeno!

Criada a Convenção, foi eleita sua primeira diretoria: Presidente - Francisco Fulgêncio Soren; 1º Vice-presidente - Joaquim Fernandes Lessa; 2º Vice-presidente - João Borges da Rocha; 1º Secretário - Teodoro Rodrigues Teixeira; 2º Secretário - Manuel I. Sampaio; Tesoureiro - Zacharias Taylor. A motivação básica da criação da Convenção foi missões e falava-se na evangelização de Portugal, do Chile e da África. Foram criadas além das duas Juntas Missionárias, Missões Nacionais e Missões Estrangeiras (hoje Missões Mundiais) outras juntas: para a Casa Publicadora Batista, para Escola Bíblica Dominical, para União de Mocidade Batista, para Educação e Seminário, e para a Administração do Seminário. Ao todo 7 Juntas.

As áreas de Missões, Educação Religiosa e Publicações, Educação Teológica e Educação, foram as que receberam maior atenção dos convencionais.

OS BATISTAS E MISSÕES
Missões locais, nacionais e mundiais empolgaram o coração do povo batista brasileiro e a obra se expandiu por todo o território pátrio e se espalhou pelo mundo, como se pode ver hoje.

OS BATISTAS E A EDUCAÇÃO
A educação é uma marca visível do povo batista. Sua paixão pelo estudo da Bíblia desenvolveu o interesse pela educação religiosa, cultivada nas igrejas através das organizações de treinamento e da EBD. Os templos se tornaram verdadeiros complexos educacionais.

Com a Educação Religiosa veio a Educação Teológica. Inicialmente através de aulas dadas pelos missionários em suas casas, depois surgiram os Seminários: Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, organizado em Recife, PR, por Salomão Guinsburg, em 1º de abril de 1902, e o Seminário Teológico Batista do Sul, fundado pelo missionário John Watson Shepard, na cidade do Rio de Janeiro, 1908.

A estes dois Seminários, formam agregados dezenas de outros espalhados por todo o país, com milhares de alunos.
A Educação chamada de geral, ou secular, teve a mesma origem, o desejo de abrir oportunidades para o estudo da juventude e, de criar uma escola com capacidade para exercer influência sobre a sociedade brasileira.

O Colégio Taylor Egídio fundado em Salvador pela senhora Laura Taylor e pelo Capitão Egídio Pereira de Almeida foi o primeiro a vingar. Em 1922 ele foi transferido para a cidade de Jaguaquara, onde existe até hoje. (4)

Depois dele, e por causa dele, vieram o Colégio Batista Brasileiro de São Paulo; Colégio Americano Batista do Recife; Instituto Batista Industrial em Corrente, Piauí; Colégio Americano, em Vitória; Colégio Batista Shepard no Rio de Janeiro; Colégio Batista Alagoano em Alagoas; Colégio Batista Fluminense em Campos, RJ; Colégio Batista Mineiro, em Belo Horizonte. Além destes Colégios dezenas de outros foram organizados com a ajuda dos missionários ou por iniciativa de igrejas, Convenções estaduais e de particulares batistas. A contribuição dos batistas na área educacional é realmente notável, considerando tanto a qualidade quanto a quantidade.

Hoje, perto de dois milhões de brasileiros, já passaram pelas escolas batistas.

LUTAS E PROBLEMAS
Nem tudo são flores na caminhada da obra batista do Brasil e da Convenção. Ela tem atravessado problemas administrativos sérios, ameaças de divisão, e questões doutrinárias. Porém tornou-se centro de vida batista brasileira e da motivação do trabalho realizado em todo o território nacional.


A CONVENÇÃO É UM FATOR DE CONVERGÊNCIA E DE UNIÃO
As igrejas se filiam à Convenção voluntariamente, aceitam sua declaração doutrinária e seu programa cooperativo e se comprometem a apoiar e trabalhar pela expansão do Reino de Deus no Brasil, no mundo.

Unidos em torno da Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, e da pregação do Evangelho, as 6.000 igrejas cooperantes ampliam seu raio de ação inclusive, pela organização de cerca de centenas de igrejas cada ano e pela evangelização de milhares de pessoas que se convertem e são batizadas.

A Convenção tem encontrado na cooperação dos pastores e leigos, homens e mulheres, na submissão ao Espírito Santo, sabedoria para organizar seus planos e aceitar os desafios da comunicação do evangelho.

A CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA COMEMOROU EM 1997 90 ANOS
Os batistas brasileiros podem agradecer a Deus pela realidade que é a CBB e celebrar sua existência com alegria. Estamos celebrando aquilo que é mais forte na denominação, o espírito cooperativo, motivado e alimentado pela Convenção, que coloca diante das igrejas de forma realçada, os objetivos do serviço e da adoração a Deus. Lembrando permanentemente a missão de pregar o Evangelho até os confins da terra.

Noventa anos de histórias e de lições, que abrem caminho para o futuro de união, cooperação e de serviço para a glória de Deus.
A história nos diz que podemos, com confiança em Deus, prosseguir para o alvo pelo prêmio da soberana vocação, de continuar servindo a Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo (Fil. 3:14).

Chegar ao início do século XXI e do 3º milênio com desafios audaciosos em seu planejamento e seus realizados, como é o caso do Portal Batista, que você está visitando e que o manterá informado quanto a contribuição que ela continua dando ao povo batista e ao povo brasileiro.


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IGREJA BATISTA DO CALVÁRIO

Igreja Batista do Calvário foi inaugurada no dia 5 de abril de 1976, tendo fórum e sede num salão alugado na Quadra 3 de Sobradinho - Distrito Federal.

Iniciou-se oficialmente com um culto dirigido por uma Comissão de Obreiros vinda de Goiânia, liderada pelo Pastor Paulo Brasil.

Após 8 meses de funcionamento neste local a Igreja Batista do Calvário adquiriu um terreno na Quadra vizinha a de número 2. Onde se construiu o seu primeiro local de reuniões e cultos inaugurado no dia 1º de janeiro de 1979.

Essa mudança de endereço do templo da quadra 3 para a quadra 2 fez com que alguns membros deixassem a congregação, mas os homens e mulheres que permaneceram lutaram para que a Igreja crescesse e, à base de jejuns e muita oração, deram início ao trabalhos pela fé.

Em 1981 a Igreja Batista do Calvário já estava organizada também juridicamente. Mas existiam neste período alguns problemas: ela ainda não tinha uma denominação e a congregação não apresentava cooperações que ajudassem na sua estruturação.

Tudo mudou quando, no dia 19 de dezembro de 1981 a Igreja Batista do Calvário fez contato com o Secretário Executivo da Convenção Batista do Planalto Central. Ela filiou-se à Convenção Batista Nacional.

Com o crescimento do número de fiéis e faltando espaço físico para abrigar os participantes dos cultos, a administração decidiu construir o templo atual, que foi inaugurado no dia 28 de agosto de 1993.

Atualmente a Igreja Batista do Calvário segue o sistema de Igreja em Células e conta com 6 congregações, sendo que três delas, já estão em processo de emancipação.

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IGREJA CALVINISTA

Igreja Calvinista foi fundada em Genebra, na Suíça, em 1541 por João Calvino. Difundiu-se pela Alemanha, França, Holanda, Hungria, e foi levada à Escócia por John Knox. Provocou grande influência sobre a Igreja Anglicana e suas subdivisões.

Nos Estados Unidos, a Igreja Calvinista estabeleceu forte raiz, e mais tarde, expandiu-se pela América Latina.

Nos dias de hoje, as tradicionais Igrejas Calvinistas são conhecidas como "reformadas" ou "presbiterianas". O nome "presbiteriana" refere-se a sua forma de governo, que se dá através do Conselho de Presbíteros de cada comunidade.


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IGREJA DE NOVA VIDA

Em 1960, depois de um período evangelizando algumas regiões de países da Europa e Oriente Médio, o Bispo Roberto McAlister e sua esposa Glória chegaram ao Brasil trazendo na bagagem um grande sonho: evangelizar este país com as boas novas de Jesus Cristo.Formado na Escola Bíblica em Vancouver, Canadá e ordenado ao ministério em 1954 nas Assembléias Pentecostais do Canadá, nosso Bispo teve suas raízes no início de pentecostalismo clássico.

Em 1906, o irmão mais jovem do avô do Bispo Roberto, foi o primeiro homem canadense a receber o batismo com o Espírito Santo.A família do fundador da Igreja de Nova Vida tem uma grande tradição cristã, sendo que até mesmo seu sogro foi um corajoso missionário na Índia estabelecendo uma missão pentecostal em Hong Kong no ano de 1910.A primeira igreja constituída pelo Bispo é a igreja de Bonsucesso no Rio de Janeiro, existente até os dias de hoje e a partir daí, muitas outras foram sendo estabelecidas pelos pastores que iam sendo ordenados, sendo que hoje há igrejas de Nova Vida em diversos estados, tendo sua maior concentração no estado do Rio de Janeiro.

Em Caratinga - MG, a igreja de Nova Vida, não é nova só no nome e sim também na idade, com mais ou menos nove anos de existência, foi estabelecida nesta cidade através do envio de um pastor de nome Silvano Canuto e de um missionário auxiliar que hoje é o pastor titular da igreja Pr. Luís Malheiros Cathoud, casado com Elizabete Santos Cathoud e pai de Lucas, Pedro Asafe e Davi.“Nossa visão é ganhar esta cidade para Jesus”, explica o Pr. Luís.Como? Plantando a semente da Palavra de Deus nos corações para que no tempo certo o fruto apareça.

Visando este fim a Igreja tem hoje diversas reuniões semanais, nas quais multidões de pessoas têm alcançado libertação, cura e salvação de suas almas, podendo também ouvir mensagens pela TV através dos nossos programas.Cremos que Deus está nos dando um grande desejo de crescer e multiplicar não para ser uma grande denominação, mas porque o projeto de Deus é utilizar os talentos daqueles que se apresentam a Ele para a expansão do Seu Reino.A igreja ainda é nova, com muito espaço para ser alcançado, mas temos a certeza que o Senhor vai nos honrar mais ainda com planos de crescimento e nos dará oportunidades e muitos ministérios que contribuirão para a melhoria da vida em nossa cidade.


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IGREJA CONGREGACIONAL

1. Suas Origens:

As origens da Igreja Evangélica Congregacional remontam a Idade Média (final do século XVI - 1501-1600), ao tempo da reforma religiosa ocorrida na Inglaterra, em contraposição a tendência da época de uma Igreja centralizada, hierarquizada e ditatorial. A princípio, o Congregacionalismo foi conhecido pelo nome de Independente.”

2. Definição:

A Igreja Congregacional é aquela “comunidade local, formada de crentes unidos para a adoração e obediência a Deus, no testemunho público e privado do Evangelho, constitui-se em uma Igreja completa e autônoma, não sujeita em termos de Igreja a qualquer outra entidade senão à sua própria assembléia, e assim formada é representação e sinal visível e localizado da realidade espiritual da Igreja de Cristo em toda a terra”.

3. Seu Sistema de Governo:

O sistema de governo congregacional é aquele em que a Igreja se reúne em assembléias, para tratar de questões surgidas no seu dia-a-dia e tomar decisões relacionadas ao desenvolvimento de seus trabalhos.

As assembléias da Igreja Congregacional têm a seguinte classificação:

a) Assembléia Ordinária;
b) Assembléia Extraordinária;
c) Assembléia Especial.

a) Assembléia Ordinária - É aquela que é convocada regularmente para decidir sobre assuntos corriqueiros da Igreja.

b) Assembléia Extraordinária - É aquela que é convocada extraordinariamente para tratamento de assuntos urgentes, não previstos no seu dia-a-dia, e que requer da Igreja uma solução rápida.

c) Assembléia Especial - É aquela convocada para a eleição de oficiais, pastores e outros cargos eletivos da Igreja, bem como organização de Congregação e de transformação de Congregações em Igrejas.

4 - Seus Oficiais:

A Igreja Congregacional tem as seguintes classes de Oficiais:

a) Pastor - b) Presbíteros - c) Diáconos

a) Pastor - É o Ministro do Evangelho eleito pela Igreja para pastorear o rebanho de Deus, tendo cuidado dele, como preceitua a Palavra de Deus. (At 20.28; 1 Pe 5.1-4).

b) Presbítero - É aquele oficial que é eleito pela Igreja para auxiliar o Pastor no governo da Igreja local. (Tt 1.5-9; 1 Tm 5.17).

c) Diácono - É aquele oficial que é eleito pela Igreja para cuidar dos crentes necessitados (Beneficência). (At 6.1-6).

5 - Sua Estrutura Eclesiástica:

Para o funcionamento adequado da Igreja Congregacional, a seguinte estrutura eclesiástica é utilizada: Na parte superior da estrutura está a assembléia de membros, órgão máximo. Logo abaixo vem o Pastorado que, por delegação, recebe da assembléia poderes para junto com os oficiais Presbíteros gerir a parte eclesial da Igreja. Depois do Pastor ou Pastores vem o corpo de Oficiais, composto de Presbíteros e Diáconos, cada um com atribuições específicas. (O corpo de oficiais funciona como órgão de assessoria do pastorado). Depois, seguem-se os Departamentos e Congregações da Igreja e Pontos de Pregação, quando houver.

6 - Sua Estrutura Administrativa:

Por estrutura administrativa, entenda-se o funcionamento da parte ligada a área patrimonial da Igreja (móveis, imóveis, pessoas sustentadas e/ou contratadas pela Igreja, etc). No topo da estrutura aparece a assembléia, órgão máximo do regime Congregacional. Logo abaixo se segue o Pastorado que, por delegação, é o Presidente ex-ofício da Estrutura Administrativa. Logo após, encontramos a Diretoria do Patrimônio, seguida dos Departamentos e Congregações da Igreja.

A IGREJA CONGREGACIONAL DO BRASIL

Igreja Evangélica Congregacional do Brasil foi fundada aos 19 de agosto de 1855, em Petrópolis, Rio de Janeiro, pelo casal missionário inglês Sarah Kalley e Robert Reid Kalley.

Este casal chegou ao Rio de Janeiro no mês de maio daquele ano. Por não encontrar lugar adequado na capital, alugaram uma residência em Petrópolis, GERNHEIM(significa Lar muito amado). Neste local, dona Sarah ministrou a primeira aula bíblica a 5 crianças, contando a história do profeta Jonas.

O número de membros foi aumentando e nos domingos seguintes já funcionava, também, a classe de adultos dirigida pelo doutor Kalley.

Esta igreja, conhecida no Rio de Janeiro como Igreja Fluminense, teve a sua 1ª sede no centro da cidade. Foi o 2º templo a ser fundado em sua história e hoje é tombado como patrimônio histórico.

Com o crescimento do número de congregados o pastor Kalley começou a realizar cultos também na cidade de Niterói. Seus seguidores passaram por momentos difíceis, até de muitas perseguições, por isso o templo de Niterói só pode ser inaugurado em 1899. Neste período também foi fundada a Igreja Evangélica Congregacional de Pernambuco, em Recife.

O crescimento da Igreja assustou autoridades da época. Na Assembléia Provincial, o deputado Castro e Silva fez um requerimento, pedindo informações sobre o doutor Kalley. Em resposta, o missionário mandou imprimir uma carta aberta, que mandou distribuir entre todos os deputados e pessoas importantes da sociedade carioca.

A carta aberta foi o principio para mudar alguns conceitos religiosos deste período. Através da Igreja Fluminense foi instituída a liberdade civil para não católicos, por meio de casamentos, atos fúnebres e sepultamentos.

Um século depois a Igreja Evangélica Congregacional do Brasil possui hoje 307 igrejas e está em fase de senso oficial, para saber quantos membros realmente possui.


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IGREJA EVANGÉLICA DE CONFISSÃO LUTERANA DO BRASIL

Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) tem sua origem na chamada Reforma Protestante do século XVI, cujo marco inicial foi o gesto de Lutero ao fixar um cartaz com 95 teses condenando as indulgências na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, na Alemanha.

Este fato ocorreu no dia 31 de outubro de 1517. A venda das indulgências era um comércio que oferecia um certificado do perdão dos pecados em troca de doações para a Igreja.

Para Martim Lutero (1483-1546), monge agostiniano e professor de teologia na Universidade de Wittenberg, isso significava dispensar a "Palavra Viva" que revoluciona a vida. A fixação do texto das 95 teses na igreja freqüentada pelo alto clero e pela nobreza, especialmente nas missas dos dias 1º e 2 de novembro (Todos os Santos e Finados), tinham a intenção de provocar um
debate sobre as indulgências, com a possibilidade de culminar numa reforma da sua Igreja. Ele não tinha a intenção de criar uma nova igreja.

O sucesso das idéias de Lutero na Europa, cansada da dominação despótica na vida política, econômica e religiosa levaram tipógrafos a reproduzirem seus escritos, que espalharam-se como semente em solo fértil, alcançando até cidades distantes, como Amsterdã, em três semanas.

O debate tornou-se um movimento amplo de reforma da "igreja una, santa, católica e apostólica", do qual participaram outros teólogos reformadores como João Calvino e Ulrico Zwinglio.

As fortes reações da ordem estabelecida fizeram com que Lutero fosse excomungado pelo Papa e considerado um fora da lei pelo Sacro Império Romano Germânico. Ao conseguir o apoio de alguns príncipes governantes, pôde viver refugiado e incógnito no Castelo de Wartburgo e se dedicar à tradução da Bíblia e à composição de hinos em alemão, a língua do seu povo.

A Reforma questionou a legitimidade das ordens religiosas e do celibato,levando padres e freiras a deixarem os conventos. Alguns casaram-se, como o próprio Martim Lutero e sua esposa Catarina von Bora. A Eucaristia passou a ser administrada com os dois elementos, pão e vinho, conforme o ensino de Jesus Cristo. Da mesma forma, os reformadores assumiram apenas os sacramentos para os quais havia orientação bíblica inequívoca: o Batismo e a
Santa Ceia.

Os príncipes que adotaram os princípios doutrinários de Martim Lutero e apoiaram a Reforma Luterana nas Igrejas em seus territórios protestando contra a orientação do Imperador Carlos V passaram a ser conhecidos como "protestantes".

Quando a divisão da Igreja parecia iminente, o Imperador Carlos V ordenou que luteranos e representantes do Papa se reunissem na cidade de Augsburgo para chegar a um acordo. Os luteranos, liderados por Filipe Melanchton, prepararam um documento que expressou sua posição. Esse documento, conhecido como Confissão de Augsburgo (Confessio Augustana), foi assinado por sete príncipes e pelos representantes das duas cidades livres, sendo lido diante do imperador em 25 de junho de 1530.

Como não chegaram a um acordo, a Confissão de Augsburgo não alcançou seu propósito inicial: preservar a unidade da Igreja ocidental, obrigando os luteranos a formar sua própria Igreja. Mesmo tendo rejeitado que algum cristão viesse a ser chamado pelo seu nome, mais tarde os que redescobriram o evangelho começaram a organizar uma igreja independente da Igreja Católica Romana.

Assim nascia a Igreja Evangélica Luterana. No Brasil ela foi introduzida com a chegada de imigrantes alemães e suíços no século 19. Estes se estabeleceram a partir de 1819 no estado do Rio de Janeiro (Nova Friburgo/RJ), de 1824 no sul (São Leopoldo/RS e Blumenau/SC), de 1827 na cidade do Rio de Janeiro, e de 1846 no Espírito Santo (Domingos Martins).

Por causa desta sua história, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil é chamada de "igreja de imigração". Hoje, dela fazem parte pessoas de todas as etnias e orientações políticas. A IECLB encontra nas comunidades sua base de sustentação mais importante. A idéia de uma Igreja participativa quer resgatar a importância das comunidades, valorizar a participação dos membros, instituições e setores que formam em seu conjunto. A IECLB é uma das igrejas-membro da Federação Luterana Mundial que assinou a Declaração Conjunta Católica Romana e Luterana sobre a Doutrina da Justificação, em evento realizado em Augsburgo, Alemanha, em 31 de outubro de 1999.


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IGREJA LUTERANA DO BRASIL

Igreja Luterana surgiu na Alemanha com o advento da Reforma Protestante, liderada pelo monge e teólogo católico Martim Lutero a partir de 1517.

Ele e outros teólogos empenharam-se no estudo e na interpretação da Bíblia para combater o que condenavam em outras doutrinas.

Essa atitude suscitou reações.

Por isso em 1521, Lutero foi excomungado pelo Papa e, a partir daí a Igreja Evangélica Luterana começou a se organizar.

Os ensinamentos luteranos foram espalhados por várias regiões da Alemanha e outros países.

No Brasil, a Igreja Evangélica Luterana chegou em 1824, com os imigrantes alemães que se organizaram em duas denominações distintas: Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB) e Igreja Evangélica da Confissão Luterana no Brasil (IECLB).

Em 1904 a IELB foi oficialmente fundada no dia 24 de julho.

Atualmente mais de 500 pastores assistem a igreja. Ela possui templos em todos os estados brasileiros contando com cerca de 220 mil membros espalhados por mais de 1 600 congregações e pontos missionários.


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IGREJA METODISTA

As origens do Metodismo têm início com a vida de João Wesley. Ele viveu na Inglaterra no século XVIII - nasceu no dia 17 de junho de 1703 na cidade de Epworth e morreu em 22 de março de 1791. Seu pai se chamava Samuel Wesley e sua mãe Suzana Wesley. Teve 18 irmãos. João Wesley estudou na tradicional Universidade de Oxford, fundada no século XVIII, formava um ambiente universitário 'fervilhante' por várias razões: Era conhecida como rival de Paris como centro de estudos teológicos na Idade Média. Lá havia ensinado Guilherme de Ocam, deixando Oxford como centro de irradiação do nominalismo, a via moderna que marcava o fim da Escolástica. No século XIV, Wicliffe disseminava na Universidade seu pensamento pré-reformista. Foi nas cidade de Oxford que os bispos Ridley e Latimer morreram corajosamente por sua fé evangélica, em 1555. Pela tradição familiar: foi lá que estudaram Bartolomeu Wesley, bisavô de João Wesley, seu pai Samuel e o seu irmão mais velho, Samuel Filho. Todos se preparam para o sagrado ministério teológico!

Em Oxford, João Wesley criou um grupo de estudantes mais conhecido pelo apelido de 'Clube Santo'. Ele não inventou o nome: alunos, notando que os membros do grupo tinham horário e método para tudo que faziam, os taxaram como 'metodistas'. Wesley preferia chamá-los simplesmente de 'Metodistas de Oxford'.

Após graduar-se em Teologia, e assim pode ajudar a sua pai na direção da igreja Anglicana. Isto até os 32 anos, quando atendeu a um apelo: precisava-se de missionários na Geórgia, Nova Inglaterra. Tanto João quanto seu irmão Carlos Wesley foram para este trabalho além-mar, ficando lá quase três anos. Foi uma má experiência. João estava ainda espiritualmente 'frio'.

A data máxima da experiência de João Wesley deu-se em 24 de maio de 1738. Ele registrou tudo detalhadamente em seu diário. Numa rua de Londres, chamada Aldersgate, um dirigente lia explicações de Lutero na carta aos Romanos. Enquanto ouvia, Wesley conta que 'sentiu seu coração estranhamente aquecido' e ele passou a crer em Jesus como seu Salvador! Isto transformou a vida de João Wesley, que começou a pregar A SALVAÇÃO PELA FÉ EM CRISTO.

Abaixo a transcrição do seu diário onde narra esta experiência:

Cerca das nove menos um quarto, enquanto ouvia a descrição que Lutero fazia sobre a mudança de Deus opera no coração através da fé em Cristo, senti que meu coração ardia de maneira estranha. Senti que, em verdade, eu confiava somente em Cristo para a salvação e que uma certeza me foi dada de que Ele havia tirado meus pecados, em verdade meus, é que me havia salvo da lei do pecado e da morte. Comecei a orar com todo meu poder por aqueles que, de uma maneira especial, me haviam perseguido e insultado. Então testifiquei diante de todos os presentes o que, pela primeira vez, sentia em meu coração!!!

Como não havia muitas oportunidades na Igreja Anglicana, Wesley pregava aos operários em praças e salões - muito embora ele não gostasse de pregar fora da Igreja!! E tornou-se conhecidíssima esta sua frase: "o mundo é a minha paróquia".

Influenciados pelos moravianos, João e seu irmão Carlos organizaram pequenas sociedades e classes dentro da Igreja da Inglaterra, liderados por leigos, com os objetivos de compartilhar, estudar a Bíblia, orar e pregar. Logo o trabalho de sociedades e classes seria difundido em vários países, especialmente nos EUA e na Inglaterra e estaria presente em centenas de sociedades, com milhares de integrantes. Com tanto serviço, Wesley andava por toda a parte a cavalo, conquistando o apelido de 'O Cavaleiro de Deus'. Calcula-se que, em 50 anos, Wesley tenha percorrido 175 mil quilômetros e pregado 40 mil sermões, com uma média de 800 sermões por ano. A Igreja Metodista, como Igreja propriamente, organizou-se primeiro nos EUA e depois na Inglaterra (somente após a morte de Wesley no dia 22 de março de 1791).

Em 1771 a Igreja Metodista possuía 316 membros nos EUA.
Em 1780 - 8.500;
Em 1784 - 15.000;
Em 1790 - 57.621;
Em 1800 - 64.894;
Em 1809 - 163.038.

Além de milhares de convertidos e encaminhados para a santificação cristã, houve também obras sociais dignas de destaque, como estas:

Dinheiro aos pobres (Wesley distribuía).
Compêndio de medicina (Wesley escreveu e foi largamente difundido).
Apoio na reforma educacional.
Apoio na reforma das prisões.
Apoio na abolição da escravatura!
Atualmente, o total de membros da comunidade metodista no mundo está estimado em cerca de 26 milhões de pessoas. O maior grupo concentra-se nos Estados Unidos: a Igreja Metodista Unida neste país possui cerca de 9 milhões de membros.


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IGREJA PREBITERIANA

Igreja Presbiteriana surgiu na Europa fundada no século XVI por João Knox, sob inspiração do sistema doutrinário e eclesiástico de João Calvino.

Nos primeiros anos os presbiterianos começaram a emigrar para as colônias norte americanas. Organizou-se em 1706 o seu primeiro presbitério na Filadélfia, Ministério - educação e evangelismo.

Principalmente os escoceses e irlandeses se arraigaram na Pensilvânia, Nova Jersey e Virgínia. Nesse tempo, Wilian Tenent e seus filhos conseguiram fundar a Universidade de Princeton, outros colégios e universidades.

Então surgiu a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos. Ela deu ênfase à educação e cresceu assustadoramente no mundo inteiro.

No Brasil desde o dia 12 de agosto de 1859, com a chegada do pastor Ashbel Green Simonton ao Rio de Janeiro, a Igreja Presbiteriana tem deixado as suas marcas profundas. Sobretudo nas áreas da educação, da cultura, das artes, da ciência e, acima de tudo, contribuindo para a transformação moral e espiritual do povo brasileiro, desde os tempos do Brasil Império.

Outras denominações presbiterianas

Atualmente existem no Brasil várias denominações de origem reformada ou calvinista. Entre elas incluem-se a Igreja Presbiteriana Independente, a Igreja Presbiteriana Conservadora e algumas igrejas criadas por imigrantes vindos da Europa continental, tais como suíços, holandeses e húngaros. No entanto, a maior e mais antiga denominação reformada do país é a Igreja Presbiteriana do Brasil. Ao mesmo tempo, convém lembrar que, já nos primeiros séculos da história do Brasil, houve a presença de calvinistas em nosso país.


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IGREJA PRESBITERIANA INDEPENDENTE DO BRASIL

Igreja Presbiteriana Independente do Brasil (IPIB) foi fundada pelo reverendo Eduardo Carlos Pereira, no dia 31 de julho de 1903, em São Paulo, capital.

A princípio, seu fundador, 7 pastores e 15 presbíteros, pertenciam a Igreja Presbiteriana do Brasil.

Em seus quase cem anos de história , a IPIB se desenvolveu e conquistou fiéis em várias regiões.

Atualmente, possui cerca de 44 mil membros; 455 igrejas; 13 sínodos e 48 presbitérios; seminários em São Paulo, Londrina e Fortaleza; 3 Centros de Treinamento Missionário (CTM) e 114 missionários no Brasil e no exterior.

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IGREJA PRESBITERIANA UNIDA

Presbiteriana Unida - o dia 10 de setembro de 1978, reuniram-se em Atibaia, São Paulo, pastores da Igreja Presbiteriana do Brasil.

O resultado desta reunião foi o surgimento da Federação Nacional de Igrejas Presbiterianas (FENIP), onde declaram a vontade de prosseguir na obra do Reino de Deus, dirigidos pelo Espírito Santo.

Com o passar do tempo outras igrejas uniram-se à FENIP.

Na III Assembléia Geral Ordinária da Federação que aconteceu em Vitória, Espírito santo, no dia 8 de julho de 1983, a Igreja que já existia com seus ideais e pregações mas não tinha um nome definido passou a chamar-se Presbiteriana Unida do Brasil (IPU).

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